Vale do Medo foi o último
romance escrito pelo escritor Britânico, Arthur Conan Doyle. Publicado em entre
1914 e 1915, na forma de folhetim, é divido em duas partes.
A primeira parte é narrada
pelo fiel companheiro de Holmes, Sr. Watson, e inicia-se com a dupla recebendo
uma mensagem anônima cifrada
534 C2 13 127 36 31 4 17 21 41 DOUGLAS 109 293
5 37 BIRLSTONE 26 BIRLSTONE 9 127 171.
Com
a arte da dedução lógica que lhe são peculiares, eles conseguem decodificá-la e
descobrem que um tal de John Douglas está correndo risco iminente de ser
assassinato. Pouco tempo depois de decifrarem a mensagem, recebem a visita de
um comissário de polícia que os informa que na noite anterior, John Douglas
fora assassinado em sua casa. O mais intrigante é que portão da propriedade
estava fechado e a ponte levadiça suspensa. A forma como Holmes soluciona o
caso é a tônica dessa primeira parte.
Na
segunda parte, somos transportados aos EUA. Alguns anos antes dos acontecimentos
narrados na primeira. A narração agora é feita por um narrador desconhecido. É
aqui que conhecemos os fatos que culminaram com o assassinato. Conhecemos então
o que é o vale do medo. Uma mina, próxima de uma cidade que é atormentada por
uma espécie de confraria do crime. Destaca-se o fato de que nem Holmes, nem
Watson aparecem nessa parte, mas isso em nada desabona a obra, muito pelo
contrário, a leitura da segunda parte é bem mais empolgante que a primeira.
O
final do livro deixa muita coisa em aberta. Algumas perguntas sem respostas, no
entanto a maneira como Holmes soluciona o crime na primeira parte; e a
narrativa intensa, de tirar o fôlego, digna dos clássicos de faroeste na
segunda; fazem valer a pena a leitura.
